
Tuberculose tem tratamento e cura!
24 de março é o Dia Mundial de Enfrentamento à Tuberculose. A data serve para conscientizar o público sobre as devastadoras condições de saúde, sociais e econômicas da tuberculose (TB) e intensificar os esforços para acabar com a epidemia global de tuberculose.
Transmissão:
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas que contêm bacilos.
Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva e que não esteja em tratamento, possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.
Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas ou qualquer outro fator que provoque baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.
Sintomas:
O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que toda pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:
– febre vespertina;
– sudorese noturna;
– emagrecimento;
– cansaço/fadiga.
Tratamento:
O tratamento da tuberculose é feito com medicamentos e dura, no mínimo, seis meses. É gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO). Além da construção do vínculo entre profissional de saúde e a pessoa com tuberculose, o TDO inclui a observação da ingestão dos medicamentos pelo paciente, sob a observação de um profissional de saúde ou outros profissionais capacitados.
A pessoa com tuberculose deve ser orientada, de forma clara, quanto às características da doença e do tratamento a que será submetida, bem como sobre o uso dos medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos. Todas as pessoas que seguem o tratamento corretamente ficam curadas da doença.
Prevenção e controle:
A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
Ainda como medida preventiva, é necessário avaliar familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose.
A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pelos determinantes sociais, apresentando relação direta com a pobreza e a exclusão social. Assim, além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à exposição ao bacilo, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado às condições precárias de vida, afetando grupos populacionais em situações de maior vulnerabilidade:
– indígenas;
– pessoas privadas de liberdade;
– pessoas que vivem com HIV/aids;
– pessoas em situação de rua.
Fonte: Ministério da Saúde